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17 dezembro 2012

Alto Douro Vinhateiro aposta na promoção e em novas actividades económicas



O Alto Douro Vinhateiro (ADV) está a comemorar 11 anos de reconhecimento pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade.

A chefe de Projecto da Estrutura de Missão do Douro (EMD), Célia Ramos, afirmou à Lusa que o balanço dos 11 anos é "muito positivo", pelo que o desafio é investir na sua projeção.

E, disse, para os próximos anos as metas são zelar pelos atributos que mereceram o reconhecimento da UNESCO através do envolvimento da sociedade civil e das instituições, trabalhar no próximo quadro comunitário abrangendo todos os agentes da região e promover o desenvolvimento económico e social.

"O Douro é essencial na promoção da região, pelo que o desafio é investir no que lhe dá identidade e o torna singular para introduzir valor na cadeia de atividades existentes e atrair pessoas", frisou.


Para trilhar o caminho da projeção, avançou, a administração central e local, promotores e agricultores, têm de trabalhar em conjunto, porque o Douro é um activo económico "insubstituível".

Nos últimos anos, explicou a responsável, trabalhou-se a parte da oferta, sendo agora necessário investir na procura através da inovação e internacionalização, mas cientes que o ADV não vai conseguir resolver todos os problemas.
Numa altura em que o Governo prepara o relatório final para entregar à UNESCO e garantir a compatibilização desta classificação com a barragem, Célia Ramos salientou que o Douro vai trabalhar 24 horas por dia para cumprir os objectivos.

A classificação do ADV permitiu, segundo a presidente do conselho de administração da Fundação do Museu do Douro, uma "visível" evolução na região no que diz respeito à salvaguarda, consciência e valorização de um património "único".

Elisa Babo considerou que a aposta futura deve ser nas pessoas e na sua qualificação para que invistam e se mantenham na região, pelo que é preciso reforçar a promoção, divulgação e comunicação.
Para ser ainda mais atractivo, na sua opinião, o Douro deve melhorar a oferta turística e as suas inúmeras potencialidades, apostar em setores económicos tradicionais e envolver de forma integrada todos os promotores.

"O Douro passou a estar na moda e é agora um atrativo nacional", disse o presidente da Liga dos Amigos do Douro Património Mundial, Armando Moreira.
Depois do investimento nas instituições, infraestruturas e construção hoteleira é necessário, ressalvou, apostar na produção de vinho.

O presidente da Comunidade Intermunicipal do Douro (CIM - Douro), Artur Cascarejo, realçou que o próximo passo deve ser manter o equilíbrio entre a conservação do bem e o desenvolvimento regional.

"Além de qualificar o território, temos de qualificar as pessoas com políticas coerentes porque, por exemplo, não podemos apostar forte nas acessibilidades para o Douro e abandonar a ferroviária e a linha aérea", afirmou.

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