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01 maio 2012

O SISTEMA FERROVIÁRIO DO DOURO UM PATRIMÓNIO COM VALOR ECONOMICO



A LADPM – Liga dos Amigos do Douro Património Mundial, sente uma particular responsabilidade na vigilância do que se passa na área classificada pela UNESCO em 14 de Dezembro de 2001 – o Alto Douro Vinhateiro, considerado então um património vivo e evolutivo. 
Tem, nessa perspectiva, por diversas vezes chamado à atenção para o património ferroviário do Douro, constituído pela Linha do Douro e ramais de bitola reduzida, lembrando em particular o Colóquio que sobre este tema promoveu no Museu do Douro em Maio de 2010. 
Um Colóquio amplamente participado e em que inequivocamente se concluiu pela necessidade de não apenas manter, como preservar e dinamizar este sistema ferroviário, considerando-o como componente fundamental para a mobilidade no Vale do Douro. Chamou-se à atenção também para a imperiosa e urgente tomada de medidas que levassem à reabertura da linha do Douro no troço desactivado entre Pocinho e Barca de Alva e a consequente entabulação de negociações com as autoridades espanholas no sentido de tornar operacional a ligação desde Barca de Alva até Salamanca. 
A REFER, a CP, a CCDRN e a Estrutura de Missão do Douro haveriam de assinar no verão desse mesmo ano no Pocinho um protocolo de intenções que visava genericamente dar conformidade prática às recomendações resultantes do Colóquio. 
Desde então, não se teve conhecimento de qualquer desenvolvimento prático, decorrente daquele protocolo de intenções. Pelo contrário, o que se observa é que está praticamente desactivado o troço entre as estações do Tua e do Pocinho, e o início dos trabalhos da Construção da Barragem na Foz do Tua, tornaram irreversível qualquer ideia de poupar a Linha do Tua. 
Pela ocasião em que se assinala o dia internacional dos Monumentos e sítios como Património da Humanidade, a Direcção da LADPM sente que é seu dever denunciar este aparente esquecimento a que se quer votar o património ferroviário do Douro. 
Rentabilizar esta infraestrutura ferroviária é uma condição indispensável à revitalização económica e social do Douro. A menos que não se queira investir nas potencialidades de uma tão rica região, e das mais bonitas do ponto de vista paisagístico. 
A LADPM, afirma que enquanto existir, não deixará de pugnar para que se inverta esta situação de aparente abandono deste sistema ferroviário, que tanto progresso trouxe à região nos finais do Sec. XIX e meados do Sec. XX, pelo que, desencadeará proximamente acções de sensibilização junto das entidades competentes, com responsabilidade no Sistema de Transportes e com outras entidades. Designadamente com a Fundação Rei Afonso Henriques, a Associação Comercial do Porto, a Comunidade Intermunicipal do Douro e a Associação de Municípios Ribeirinhos do Douro. Relembramos que, em 1882, foi o Sindicato Portuense capaz de mobilizar todo o país, tendo o Governo de então percebido a importância de um caminho de ferro directo do Porto à Europa, atravessando o Vale do Douro. A LADPM interroga-se: "Cento e cinquenta anos depois fará sentido constituir-se um novo Sindicato com os mesmos objectivos? 
O passado do Vale do Douro, recomenda-o. O futuro, não pode deixar de exigi-lo.  
Nós, Liga de Amigos do Douro Património Mundial estaremos lá."

1 comentários:

Os protocolos assinados, quando em benefício destas regiões e do seu povo, costumam ser meros processos de intenção e libertação de tensões.

São para rasgar e ir calando o poviléu.

Força amigos, não desarmem. A luta compensará e fará com que entrem nos carris, aqueles que descarrilaram.

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