Add in Facebook

Vale da Veiga

Foto: Foz Côa Friends

Estação e Foz do Côa

30 de Junho de 2012

Foto: Foz Côa Friends

Paisagem avistada junto ao Castelo Velho - Freixo de Numão

26 de Maio de 2012

Foto: Foz Côa Friends

II Passeio pedonal pela Linha do Douro

Quinta abandonada - Almendra

Foto: Foz Côa Friends

II Passeio pedonal pela Linha do Douro

Rebanho nas proximidades da Srª do Campo - Almendra

Foto: Foz Côa Friends

Terrincas

Amêndoas verdes

Foto: Foz Côa Friends

Douro

Rio Douro próximo da estação de Freixo de Numão / Mós do Douro

Foto: Foz Côa Friends

Linha do Douro

Viaduto da Linha do Douro no Vale Canivães entre o Pocinho e a foz do Côa.

Foto: Foz Côa Friends

Pocinho

Vista geral sobre o Pocinho a partir do santuário da Srª da Veiga.

Foto: Foz Côa Friends

Pocinho

Um dos muitos pombais existentes na região.

Foto: Foz Côa Friends

Foz do Côa

Onde o Côa e o Douro se abraçam.

Foto: Pedro Pego

Foz do Côa

Onde o Côa e o Douro se abraçam.

Foto: Foz Côa Friends

Foz Côa

Lagoa

Foto: Foto Felizes

Flor de Amendoeira

Foto: Foz Côa Friends

Igreja matriz de Almendra.

Templo do séc. XVI em estilo manuelino e maneirista.

Foto: Fernando Peneiras

Pelourinho de Almendra

De acordo com a sua feição quinhentista, o pelourinho datará dos anos seguintes à atribuição do foral manuelino em 1510.

Foto: Fernando Peneiras

Foz Côa

Câmara Municipal e Pelourinho

Foto: Foz Côa Friends

Pocinho e Cortes da Veiga

Vista geral

Foto: Adriano Ferreira

Quinta da Ervamoira

Foto: Adriano Ferreira

Foz Côa

Amendoeiras floridas

Foto: Adriano Ferreira

Foz Côa

Floração da amendoeira.

Foto: Adriano Ferreira

Túnel das Pariças

Linha do Douro - Castelo Melhor

Foto: Foz Côa Friends

Foz do Côa

Nevoeiro sobre a foz do Côa.

Foto: Foz Côa Friends

Quinta da Granja

Foto: Foz Côa Friends

Douro

Quinta da Granja

Foto: Foz Côa Friends

Douro

Próximo da Quinta das Tulhas

Foto: Foz Côa Friends

Douro

Próximo da Quinta das Tulhas

Foto: Foz Côa Friends

Douro

Próximo da Quinta das Tulhas

Foto: Foz Côa Friends

Douro

Saião (Pocinho)

Foto: Foz Côa Friends

Douro

Próximo da Quinta das Tulhas

Foto: Foz Côa Friends

Linha do Douro - Caseta

Próximo do Côa

Foto: Foz Côa Friends

Foz Ribeira Aguiar

Próximo da estação de Castelo Melhor

Azulejos

Estação de CF do Pocinho

Manifestação pela reabertura da Linha

Porto

Foto: Foz Côa Friends

Castelo de Numão

Foto: Foz Côa Friends

Capela do Anjo S. Gabriel

Castelo Melhor

Foto: Foz Côa Friends

Castelo Melhor

Foto: Foz Côa Friends

Castelo Melhor

Foto: Foz Côa Friends

Quinta da Granja

Foto: Foz Côa Friends

Quinta da Granja

Foto: Foz Côa Friends

Concerto no Museu do Côa

Foto: Foz Côa Friends

Figos e Amêndoas

Foto: Foz Côa Friends

Foz do Côa

Foto: Filipe Inteiro

Orgal

Foto: Foz Côa Friends

31 dezembro 2012

Feliz 2013


20 dezembro 2012

BOAS FESTAS


Um feliz Natal!

O espírito materialista e a obrigação associados à azáfama das compras dão mais sentido ao Natal  para a maioria de nós. No entanto, as pequenas surpresas feitas todos os dias aos que realmente amamos, proporcionam o verdadeiro espírito do natal todo o ano.

Esperamos que as vossas prendas sejam: paz interior, amor da vossa família e amigos, vontade de sorrir, beijar, abraçar e  saúde para desfrutarem ao máximo cada momento bonito que esta vida nos proporciona.

O Natal  faz-nos lembrar o ombro amigo que sabemos ter para dar e receber quando a luz ao final do túnel parece distante. A mão que recebemos e damos para continuar a crescer por mais difícil que a caminhada seja.


Foz Côa Friends, Associação



17 dezembro 2012

Alto Douro Vinhateiro aposta na promoção e em novas actividades económicas



O Alto Douro Vinhateiro (ADV) está a comemorar 11 anos de reconhecimento pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade.

A chefe de Projecto da Estrutura de Missão do Douro (EMD), Célia Ramos, afirmou à Lusa que o balanço dos 11 anos é "muito positivo", pelo que o desafio é investir na sua projeção.

E, disse, para os próximos anos as metas são zelar pelos atributos que mereceram o reconhecimento da UNESCO através do envolvimento da sociedade civil e das instituições, trabalhar no próximo quadro comunitário abrangendo todos os agentes da região e promover o desenvolvimento económico e social.

"O Douro é essencial na promoção da região, pelo que o desafio é investir no que lhe dá identidade e o torna singular para introduzir valor na cadeia de atividades existentes e atrair pessoas", frisou.


Para trilhar o caminho da projeção, avançou, a administração central e local, promotores e agricultores, têm de trabalhar em conjunto, porque o Douro é um activo económico "insubstituível".

Nos últimos anos, explicou a responsável, trabalhou-se a parte da oferta, sendo agora necessário investir na procura através da inovação e internacionalização, mas cientes que o ADV não vai conseguir resolver todos os problemas.
Numa altura em que o Governo prepara o relatório final para entregar à UNESCO e garantir a compatibilização desta classificação com a barragem, Célia Ramos salientou que o Douro vai trabalhar 24 horas por dia para cumprir os objectivos.

A classificação do ADV permitiu, segundo a presidente do conselho de administração da Fundação do Museu do Douro, uma "visível" evolução na região no que diz respeito à salvaguarda, consciência e valorização de um património "único".

Elisa Babo considerou que a aposta futura deve ser nas pessoas e na sua qualificação para que invistam e se mantenham na região, pelo que é preciso reforçar a promoção, divulgação e comunicação.
Para ser ainda mais atractivo, na sua opinião, o Douro deve melhorar a oferta turística e as suas inúmeras potencialidades, apostar em setores económicos tradicionais e envolver de forma integrada todos os promotores.

"O Douro passou a estar na moda e é agora um atrativo nacional", disse o presidente da Liga dos Amigos do Douro Património Mundial, Armando Moreira.
Depois do investimento nas instituições, infraestruturas e construção hoteleira é necessário, ressalvou, apostar na produção de vinho.

O presidente da Comunidade Intermunicipal do Douro (CIM - Douro), Artur Cascarejo, realçou que o próximo passo deve ser manter o equilíbrio entre a conservação do bem e o desenvolvimento regional.

"Além de qualificar o território, temos de qualificar as pessoas com políticas coerentes porque, por exemplo, não podemos apostar forte nas acessibilidades para o Douro e abandonar a ferroviária e a linha aérea", afirmou.

11 dezembro 2012

Comemoração do 14º Aniversário da Classificação da Arte do Côa Património Mundial



Assinalando-se este mês o 14º aniversário da classificação da Arte do Côa como Património Mundial, a Fundação Côa Parque levará a cabo a apresentação do roteiro “Côa e Siega Verde - A Arte da Luz”, que decorrerá no próximo dia 15 pelas 16H30 no Museu do Côa.


Ao longo do dia decorrerá uma mostra de 3 pequenos filmes relacionados com a Arte destes dois conjuntos artísticos classificados pela UNESCO.


Ainda no mesmo dia mas da parte da tarde o Museu do Côa oferecerá músicas do mundo ao vivo, aos seus visitantes.
O roteiro em questão “é um convite para uma experiência de visita ao Parque Arqueológico do Vale do Côa (Portugal) e ao Sítio Arqueológico de Siega Verde (Vale do Águeda, Espanha), que nos mergulham 30 mil anos no tempo, através da arte rupestre ao ar livre classificada pela UNESCO como Património Mundial”.


09 dezembro 2012

Os 125 anos da ligação Porto - Salamanca - Europa


O dia 8 de Dezembro de 1887 ficou gravado a letras de ouro na história ibérica e, em particular, na história da região norte de Portugal.

Nesse dia memorável ficou estabelecida a ligação ferroviária que manteve o Porto em contacto com o resto da Europa durante 97 anos até que, a 1 de Janeiro de 1985, essa ligação foi incompreensivelmente suprimida. Refiro-me, claro está, à ligação ferroviária via Barca D'Alva.

A construção deste eixo fundamental para o noroeste da península padeceu de enormes vicissitudes, de avanços e recuos mas, apesar de todas as contrariedades, a obra avançou e foi concluída.

Importa aqui realçar o empenho dos empresários Portuenses que se uniram em defesa da concretização desta empreitada. De igual modo, a história da construção desta via não pode olvidar as centenas de operários que contribuíram com a força do seu trabalho para a execução do "caminho impossível". Houve vítimas mortais cuja memória é da mais elementar justiça recordar. A todos eles é devido o eterno agradecimento das gerações seguintes entre as quais nos incluímos. A magnitude da obra e os benefícios proporcionados às gerações posteriores justificam plenamente esta gratidão.

Durante esses 97 anos esta via tornou-se num elemento fundamental para o desenvolvimento das regiões que servia, tanto em Portugal como em Espanha. Houve localidades que beneficiaram em larga medida deste importante eixo ferroviário. um dos exemplos mais paradigmáticos é Barca D'Alva que, como estação fronteiriça, teve um crescimento exponencial com a chegada do comboio. De facto, para suporte deste enclave ferroviário houve necessidade de ali estabelecer vários serviços, nomeadamente o das alfândegas. Estima-se que em Barca D'Alva trabalhassem nessa época mais de meia centena de pessoas envolvidas nas operações ferroviárias e alfandegárias. Mas não foi apenas Barca D'Alva que beneficiou desta nova infraestrutura de comunicação. Também o Pocinho e todo o concelho de Vila Nova de Foz Côa saíram a ganhar com a ligação a Espanha. Do outro lado da fronteira os benefícios foram semelhantes. Passando do contexto local para o contexto regional, toda a região do Douro ganhou com esta ligação. O Porto, em particular, passou a poder exportar para toda a Europa, e com menores encargos, o mais emblemático produto que ostenta o nome da cidade, o vinho do Porto.

Por tudo isto, quando hoje se fala em exportar a preços competitivos, não se compreende como é que este eixo continua encerrado.


Desenho publicado em "La Ilustración Española y Americana" de Dezembro de 1887, feita a partir de uma fotografia tirada no dia da inauguração da via férrea, no momento em que os dois comboios se encontraram no meio da ponte internacional profusamente engalanada com as bandeiras.

Ponte internacional
Autor desconhecido

Estação de Barca D'Alva
Autor desconhecido

Estação de Barca D'Alva
Autor desconhecido

Estação de Barca D'Alva
Autor desconhecido

Viaduto de Barca D'Alva
Autor desconhecido
Cocheiras na estação de Barca D'Alva
Foto: Martin Dieterich

Estação de Barca D'Alva
Locomotiva Diesel Portuguesa e Ferrobus Espanhol lado a lado
Foto: Martin Dieterich

Estação de Barca D'Alva
Ferrobus Espanhol
Foto: Martin Dieterich

Barca D'Alva - Ponte Internacional
Foto: Martin Dieterich

Estação de Barca D'Alva
Autor desconhecido

Estação de Barca D'Alva
Autor desconhecido

Estação de Barca D'Alva
Autor desconhecido

Estação de Barca D'Alva
Autor desconhecido

Estação do Côa
Foto: Foto Felizes

Foto: Emílio Biel

Viaduto do Vale da Veiga
Autor desconhecido

Estação do Pocinho
Foto: Martin Dieterich

Estação do Pocinho
Foto: Martin Dieterich

Estação do Pocinho
Foto: Geoff Plumb

Estação do Pocinho
Foto: Geoff Plumb

Estação do Pocinho
Foto: Geoff Plumb

Estação do Pocinho
Foto: Geoff Plumb

Pocinho
Foto: Geoff Cryer

Pocinho
Foto: Geoff Cryer

Pocinho - Comboio de partida para Barca D'Alva
Foto: Geoff Cryer


Nota:
Desconhecem-se os autores de algumas das fotos que foram recolhidas da internet em várias páginas do facebook.
Se algum dos nossos leitores conhecer o autor de algumas das fotos agradecemos que nos informem.

07 dezembro 2012

Outra forma de fazer turismo


No passado mês de Agosto/2012 fomos surpreendidos no Pocinho por este casal de turistas pouco convencionais.
Por volta das 13 horas o sol impiedoso queimava a pele como fogo mas, estes "beduínos" da era moderna não se coibiram de meter os pés ao caminho.
Ouvindo-os falar em francês perguntámos-lhes se poderíamos fotografá-los e eles anuíram. 
Depois perguntaram-nos como é que poderiam ir para o rio. Indicámos-lhes o caminho e fizemos-lhes um esquema num papel que lhes entregámos. 
Perguntaram se podiam acampar. Dissemos-lhes que sim. 
Ficámos sem saber de que país vinham e o que os levava a fazer uma viagem desta maneira. 
O Pocinho é, desde sempre, um ponto de passagem de viajantes de várias procedências.
No tempo dos comboios a vapor vinha gente de toda a Europa fotografar as locomotivas ao Pocinho.
Hoje as locomotivas a vapor já não andam mas, a julgar pelas imagens seguintes, o Pocinho mantém a tradição de ponto de passagem.










05 dezembro 2012

Férias Activas – Natal 2012


PERÍODO: 17/12 A 28/12 (20€) COM ALMOÇO
PERÍODO: 17/12 A 2812 (15€) SEM ALMOÇO 

Ficha de inscrição em Fozcoactiva.

03 dezembro 2012

LINHA DO DOURO - 125 DE VI(D)A



A Tod@via - Associação de Fronteira por uma Via Sustentável, criada e integrada por portugueses e espanhóis, deseja comemorar os 125 anos da conclusão da Linha do Douro, o caminho-de-ferro que ligou as cidades do Porto e Salamanca entre 1887 e 1985, sendo nesta última data encerrado o troço entre La Fuente de San Esteban – La Fregeneda / Barca d’Alva e em 1988 o de Barca d’Alva – Pocinho. O percurso desactivado do lado espanhol foi entretanto no ano de 2000 classificado como Monumento Cultural, o que permite que esta via-férrea continue a unir os habitantes desta região da raia e que poderá tornar-se num verdadeiro motor para gerar riqueza.
            Somos parte da sociedade civil, não politizada e, nessa qualidade, convidamos à participação desinteressada tanto dos cidadãos como das instituições locais. Agradecer-lhes-íamos se difundissem a informação relativa a esta actividade cultural e nos honrassem com a vossa presença no acto do “beijo das máquinas” ou contribuíssem de forma activa na organização da efeméride, fazendo-se a colaborar na animação desta jornada festiva através do vosso folclore e outras manifestações culturais.
           
            Programa (sábado, 8 de dezembro de 2012):
(Hora Portugal)
            10:30h - Beijo das máquinas (Ponte internacional)
            11:00h - Partilhando as nossas músicas (Barca d´Alva)
            13:00h - Tempo para merendar
            14:30h - Projecção do vídeo "Pessoas e paisagens nas últimas viagens” (Vega de Terrón)
            15:30h + x - (Vega Terrón)
            16:30h - Abraços
------------------------------------------------------------------------
            Beijo das máquinas (Ponte internacional):
            Foi há 125 anos inaugurada a conclusão desta linha-férrea, através de um acto simbólico mas cheio de significado, durante o qual, duas locomotivas, uma portuguesa e outra espanhola, se encontraram e tocaram, de frente, no meio da ponte internacional, que se encontrava engalanada com bandeiras dos dois países e que os jornalistas da época descreveram como um “beijo”. No próximo dia 8 de dezembro, para festejar o acontecimento, todos nos converteremos em passageiros de outros tempos. Convidamos por isso os participantes para que compareçam envergando trajes do passado, representando a sociedade em geral mas também as várias categorias de ferroviários, ou seja, tanto aqueles que tornaram possível esta infraestrutura, como os habitantes da zona que acompanharam a sua construção e os passageiros que nela viajaram.
            Honraremos a VI(d)A que trazia VI(d)A.
          Partilhando as nossas músicas e cantigas, daqui e de lá, alegremente conviviam e bailavam porque o progresso havia chegado… Sonhavam. Tempos difíceis mas onde a alegria imperava, como agora. Dancemos e desfrutemos com essa partilha musical, valorizando o esforço dos músicos que de forma desinteressada contribuirão para reforçar a sociedade civil. Somos portugueses e espanhóis que queremos voltar a apanhar o comboio na estação da Barca d’Alva.
            Merenda campestre ou almoço num dos restaurantes da Barca d’Alva ou Vega de Terrón:
        Projecção do vídeo "Pessoas e paisagens nas últimas viagens": imagens tomadas durante as últimas viagens e que nos recordarão as pessoas que fomos.

           - Conclusão da jornada com as participações culturais e/ou musicais.

            Abraços
            Despedir-se-ão os viajantes emocionados, à moda antiga, porque para o ano que vem teremos que recuperar a VI(d)A que trazia VI(d)A.

            Cordiais saudações carrilanas

            José Andrés Herrero Sánchez
            Presidente da Associação de Frontera Tod@vía
            www.todaviasostenible.org
            todaviasostenible@gmail.com

01 dezembro 2012

Terras do Douro, Rota Ibérica - Reportagem SIC

Terras do Douro, Rota Ibérica - Reportagem SIC


Visualizar o vídeo seguinte a partir do minuto 22:04 até ao minuto 40:03





29 novembro 2012

A LENDA DA CAPELA DO ANJO - Parte II

(Continuação da parte I)

Ao final do dia – o segundo – lá desceram novamente à povoação para cearem e descansarem; alguns dormiram mal, tiveram pesadelos, que um Anjo lhes estava a deitar abaixo o que tinham feito e levado as pedras para junto das outras do dia anterior. E quando de madrugada começaram a subir o monte, iam contando os sonhos aqueles que os tinham tido e os outros, não tendo sonhado ou dos sonhos se não lembrando, mas todos iam com algum receio de que algo pudesse ter sucedido; e se chegarmos lá e tudo tiver sido deitado abaixo o que vamos fazer? Não pensem nisso, dizia um mas a confiança era nenhuma.

De facto ao chegarem viram que todo do dia anterior estava destruído e amontoado lá junto do outro do primeiro dia! Ora aí está o trabalho de dois dias desfeito em duas noites; o material diminuía no local – no estaleiro diríamos hoje – e ia aumentando na mesma proporção lá junto à ponta do rochedo, no tal local onde o ancião garantia ser ali que o Anjo queria a sua capela.

Capela do Anjo
Foto: Dinis Ângelo

Resolveram não mexer em mais nada e irem falar com o pároco e lá foram, trazendo de Almendra a sugestão debitada pelo representante de Deus e dos Anjos na Terra, mais crente na maldade humana do que na palavra divina e que era a de retomarem o trabalho e no final do dia um dos pedreiros ficar de guarda, escondido, para de uma vez por todas o ou os responsáveis serem apanhados e em vez de desfazerem fossem eles a fazer tudo o que tinham estragado.

E assim fizeram. Desceram todos no final do dia, menos o destacado para montar a guarda, por sinal o único que era solteiro, não ficando assim mulher e filhos em sobressalto toda a noite ficaria a Mãe pois que Mãe tinha, mas esse não era pormenor que fosse tido em conta.

Comeu a ceia, bebeu o que era hábito e de varapau na mão e casacão abotoado que a noite ameaçava ser bem fria, sentou-se junto do que antes tinham acabado de alinhar e aprumar da parede da capela futura. Só que o pedreiro não é segurança e por isso não tem hábitos de estar acordado enquanto outros dormem e nem sequer tinha ido à tropa e não sabia o que era estar de sentinela, ainda não era meia-noite quando a moleza lhe atacou com força e pregou-se mesmo a dormir encostado à rocha escolhida para se apoiar.

Local da Capela do Anjo
Foto: Adriano Ferreira

Sonhou que estava na cama e que a rapariga de quem gostava tinha ido ter com ele, lhe fez sinal para não espantar e ali fizeram a primeira vez o que, pelo menos ele andava a magicar há muito. Foi uma noite inesquecível, não só pelo sonho, mas pela realização de outro que há muito lhe tirava o sono. Mas a noite ficaria inesquecível também por outro motivo, este bem menos sonho e bem pouco agradável.

Antes de a manhã começar a clarear pareceu-lhe ouvir um estranho ruído e, sobressaltado, acordou; não com a namorada a seu lado como sonhara mas sem toda a obra do dia anterior a que ele se comprometera guardar, estando todas as pedras juntas às dos primeiros dois dias lá mais adiante junto à ponta do penhasco.

Capela do Anjo
Foto: António José Ribeiro

O sonho transformou-se em real pesadelo pois não sabia o que iria dizer aos camaradas quando chegassem e como cabeça de pedreiro não foi treinada para grandes eloquências explicativas, isso é mais para outras profissões e muito menos para descaradas mentiras, essas também de outras profissões são apanágio, mas que estava preocupado lá isso estava.

Como é que não acordei com o barulho?! Tirar calhaus, alguns bem grandes, de mais de um metro de parede na altura com meio metro de espessura e com seis metros de um dos lados e cinco do outro e levá-los para cinquenta metros de distância, sempre deviam fazer tal ruído que daria para acordar, mesmo que o sono fosse profundo e o sonho ainda mais e não ter sido interrompido. Antes estivesse ainda a sonhá-lo do que estar aqui agora, com a cabeça a latejar e sem saber o que hei-de dar como desculpa.

Que me deixei dormir podia ser aceite por eles, mas todos sabem que eu tenho um sono leve e por isso ou também por isso fui escolhido, logo vai dar confusão eu não ter ouvido nada.

Também não posso dizer que o tinto me subiu à cabeça, sabendo eles que só fiquei com a quantidade habitual para a refeição e que nunca me fez mal!

Fonte: http://cienciadiaria.com.br

Assaltado também não servia, pois se o fosse não deixaria de me defender, não sou nenhum cobarde e sempre ficaria com marcas daqueles que fizeram a desobra, mas marcas não tenho; só as boas, do sonho!

Atirar-me pelo rochedo abaixo para ficar com marcas visíveis também me não parecia boa ideia, pois um trambolhão, mesmo que bem calculado, sempre podia dar para o torto e ir desta para melhor! Não, isso nem pensar!

Vou arriscar e dizer-lhes que me apareceu aqui o Anjo, exactamente como o da imagem que está na igreja à espera que acabemos a capela para se mudar para cá – de armas e bagagens não será uma vez que os anjos não usam armas nem costumam andar com bagagens - acompanhado por outros mais novos, todos com asas e me disseram que foram eles que retiraram as pedras do local onde nós as tínhamos colocado e as levaram para o rochedo e que não valia a pena insistirmos na construção neste sitio e muito menos montar guarda, pois só quando lá fizerem a capela e não aqui como teimam em fazer é que nós deixaremos de vos incomodar. Eles que acreditem se quiserem e se não quiserem que arranjem outro para ficar de guarda! Mesmo que tivesse a certeza de voltar a ter o sonho que tive eu não voltaria a ficar nem mais uma noite.

E assim foi quando eles chegaram.

Foto: António José Ribeiro

Uns gozaram com ele, outros diziam que ele tinha ido para casa dormir e bastou levantar-se um pouco mais cedo para chegar antes deles e pelo caminho inventar aquela fraca desculpa para o caso de se ter repetido a cena das duas primeiras noites. Danados estavam todos!

O mais calado, depois de ouvir tudo o que foi dito, sugeriu que o melhor a fazer seria irem novamente falar com o senhor prior, contar-lhe o sucedido e perguntar-lhe se ele não sabia do que se tinha passado ou assim constava muitos anos antes, talvez séculos, quando os que tinham deixado o Castelo Calabre e queriam construir o seu próprio castelo, ali na ponta do rochedo e o Anjo não deixou!

«Alguma coisa teremos de fazer; vamos ter com o senhor prior.»

A verdade é que ele não queria voltar com a palavra atrás quanto ao local da construção da capela, tanto mais que sabia que a construção na ponta do penedo iria ficar muito mais cara, mas como quem pagava eram os paroquianos disse que conhecia a lenda, que até acreditava nela, pois aparições são o que não falta por aí, só que umas são mais aparições que outras, pensou só para si, decidindo que ia à Guarda falar com o senhor bispo e depois daria a resposta. Até lá é melhor não mexer em mais nada, ou seja, suspende-se a construção.

Dias mais tarde deu o dito por não dito e mandou alterar o projecto inicial e que a capela ficaria no sítio onde as pedras do dia foram depositadas durante a noite. Que não acreditava que o Anjo fizesse aquilo mas que também não custava experimentar, mesmo que no fim a obra ficasse mais cara.

Foto: António José Ribeiro

E em boa hora o fez. A capela está construída há tantos anos, outros padres vieram, muitas romarias foram feitas, o Anjo lá fica na sua casa e só desce ao povoado para tomar parte na procissão da Senhora do Rosário que era realizada no dia vinte e dois de Setembro de cada ano ou então para ser levado serra acima para a sua romaria, lá no alto, em cada segunda-feira de Pascoela.

No local do litígio existe ainda um pedaço da falhada construção primitiva e cuja pedra era grande demais para a força de tão frágeis Anjos.

A este ponto, agora encimado por uma pequena cruz, os contemporâneos passaram a designá-lo por Miradouro do Anjo.

Texto: Reis Caçote

Agradecimentos ao autor do texto e aos autores das fotos.

28 novembro 2012

Gravuras do Côa - Mais um reconhecimento internacional.


A Coca-Cola promove o património cultural português com o lançamento da coleção de latas «Património Revisitado», uma homenagem da marca mais conhecida do mundo a Portugal e à sua cultura. Trata-se da interpretação de três monumentos portugueses classificados pela UNESCO como Património da Humanidade: o Palácio da Pena, em Sintra, o Convento de Cristo, em Tomar e as GRAVURAS RUPESTRES EM FOZ CÔA.

Com uma nova lata, mais estreita e elegante, exclusiva para cafés, bares, restaurantes e hotéis de Portugal, a Coca-Cola pretende elogiar a nossa cultura e história, e o que há de mais belo em Portugal.


Fonte: Lux.pt