29 novembro 2011
28 novembro 2011
RIO SABOR, um rio selvagem, caso raro na Europa
A construção de uma barragem levará ao seu desaparecimento.
Documentário em defesa do Rio Sabor, considerado ainda um rio selvagem, caso raro na Europa.
Documentário em defesa do Rio Sabor, considerado ainda um rio selvagem, caso raro na Europa.
Sabor da despedida 1
O Rio Sabor nasce na Serra de Montesinho, desagua no Rio Douro e tem 120 km de comprimento. Os afluentes são o Rio Maçã, Rio Angueira, Rio Ferrença, Rio Azibo e Ribeira da Vilariça. Passa perto da cidade de Bragança, onde recebe as águas do Rio Fervença, indo desaguar perto de Torre de Moncorvo, a jusante da Barragem do Pocinho, na aldeia da Foz do Sabor. É considerado o último rio selvagem de Portugal devido à ausência de barragens e à diversidade de habitats naturais e espécies que ai ocorrem.
Sabor da despedida 2
Sabor da despedida 3
Sabor da despedida 4
Sabor da despedida 5
Sabor da Rio Sabor - O Principio do Fim
(Vídeo de Jorge Delfim)
Movimentação das máquinas na construção da barragem do Baixo Sabor
Verdades escondidas sobre as barragens
"Porque é que a construção da barragem de Foz Tua em Trás-os-Montes deve interessar a um lisboeta ou um algarvio? Porque esta, mais as outras barragens e os parques eólicos vão levar Portugal a ter a eletricidade mais cara do mundo em poucos anos. Uma plataforma de ONGA fez as contas e o Plano Nacional de Barragens vai custar ao Estado 16 mil milhões de euros, entre juros bancários, subsídios e pagamento de obras. Também são números, os de um crescimento insustentável, que justificam a destruição da Linha do Tua"
26 novembro 2011
A Apanha da Azeitona
Não é só e apenas nas vindimas, que centenas de pessoas trabalham na região do Douro. A Apanha da azeitona é, por toda a região duriense, outra importante fonte de receita. Feita à mão ou mais recentemente com recurso a vibradores, é efectuada geralmente, a partir de Novembro prolongando-se até ao Natal, quando a azeitona passa da cor verde para preta, de modo a preservar todo o seu potencial.
Foto de Nicolau Leocádio |
Numa tentativa de valorizar os recursos naturais do Douro, já há quem pense nesta atividade, como uma nova forma de turismo.
25 novembro 2011
Lembranças do "Homem Macaco" (Albano de Jesus Beirão)
Albano de Jesus Beirão,
o nosso Albaninho, para uns é um fenómeno inexplicável, para outros é um mito,
para alguns outros é um mistério com um homem dentro. Colocados perante o
Albaninho como simples observadores, tomamos necessariamente uma destas
posições, e, tal como vemos de forma diferente um copo com água dentro, uns
vêem menos a água se se fixam na beleza do recipiente, outros deleitam-se na
total transparência do cristal, enquanto há quem se abstraia de tudo e se
concentre na pureza do líquido.
Como quer que seja,
Albano de Jesus Beirão, que se tornou mundialmente conhecido como o
"Homem-Macaco", nasceu e viveu nesta região, aqui arrastou o seu
drama ingente, a estranha doença que, como dizia sua pobre mãe, "era uma doença
que ninguém mais tinha".
Há ainda muita gente que
se recorda desta personagem estranha, gente natural da Meda, de Trancoso, de
Foz Côa, desta região, enfim. Muitos o viram, por aqui também, nos seus
espantosos "trabalhos". Não desapareceu, por isso, da nossa memória
colectiva a estória deste homem singular, mas o caso do Albaninho corre o risco
de se transformar num "mito” à medida que os anos vão passando e, com o
decurso do tempo, aumenta igualmente o número dos incréus...
O Albaninho...
Os mais velhos, os que tenham
mais de 80 anos, poderão lembrar-se dos seus feitos. Morreu com 94 anos, em
1976, há 27 anos. Se fosse vivo teria agora para fazer nada menos do que 122.
Era um homem de estatura menor que a média, bem encorpado, simpático, cara
redonda e franca, consciente da sua humildade, de carácter eminentemente
beirão, mas deixando sobressair, de quando em vez, uma certa consciência de que
era, na sua infelicidade, uma pessoa invulgar. Nasceu em 1882, na freguesia do
Aveloso, concelho da Meda, ao lado da Ribeira Teja, cujas paisagens tanto
embelezam a povoação. Puseram-lhe o nome de Albano de Jesus. Seu pai era das
Astúrias, Espanha, donde tinha fugido e onde tinha apanhado gazes num movimento
revolucionário. Sua mãe ficou viúva pouco tempo após o nascimento da criança e
voltou a casar. A família, simples, vivia do amanho dos campos.
(…)
Excerto de um excelente e muito interessante
relato da vida Albano de Jesus Beirão publicado na CÔAVISÃO nº 6 2004.
Episódio da série televisiva "Fenómeno", produzida pela Mínima Ideia para a RTP 2, dedicado a Albano Beirão e aos estranhos acontecimentos que marcaram a sua vida.
Fenómeno - Albano Beirão (Parte 1)
Fenómeno - Albano Beirão (Parte 2)
Fenómeno - Albano Beirão (Parte 3)
Fenómeno - Albano Beirão (Parte 4)
19 novembro 2011
Um espólio a preservar
No passado mês de Julho a Associação de Amigos do Concelho, Foz Côa Friends, teve oportunidade de conhecer um extenso espólio de objetos de outros tempos, propriedade de uma Fozcoense de provecta idade que teve a amabilidade de nos abrir as portas de sua casa para uma visita muito interessante, surpreendente e agradabilíssima.
Os objetos, uns mais antigos que outros, são autênticos testemunhos do modo de vida de outros tempos. Através deles é possível percecionar, e em muitos casos reconstruir, a maneira como os nossos avós viviam em tempos de enormes dificuldades.
Trata-se pois de um espólio importante para a memória coletiva, cuja preservação urge garantir e em relação à qual a proprietária já manifestou interesse mostrando estar disposta à cedência a título gratuito e definitivo de todo o espólio desde que assegurada a sua conservação em local apropriado à fruição do mesmo.
Acreditamos que o poder local conseguirá arranjar uma solução que vá de encontro ao interesse colectivo pela preservação e exposição destas autenticas relíquias.
A divulgação destas preciosidades mereceu da nossa parte alguma ponderação, já que a aquisição destas antiguidades é objeto de ávida procura e caso a Câmara Municipal não trate deste assunto com a celeridade adequada, Foz Côa corre o sério risco de perder uma grande oportunidade de salvaguardar parte da sua história.
A Associação de Amigos do Concelho, Foz Côa Friends, gostaria de agradecer à D. Adelaide e seu filho, Fernando Gualter Garrido Costa, pela amabilidade e simpatia com que foi recebida e acompanhada nesta visita.
Por: Luís Branquinho e João Pala (texto e arranjos)
Eduardo Vicente (fotografias)
Por: Luís Branquinho e João Pala (texto e arranjos)
Eduardo Vicente (fotografias)