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22 julho 2011

Almendra






Almendra é uma freguesia do concelho de Vila Nova de Foz Côa com 54,51 km² de área. “Almendra”, nome castelhano que em português significa amêndoa, devido à elevada concentração de amendoeiras, de que ainda hoje é detentora.




Breve História da Vila - A vila só se tornaria definitivamente portuguesa no reinado de D.Dinis em 1297, após o Tratado de Alcanices. Em 1383, Almendra recupera o título, entretanto perdido, mas só em 1449 no reinado de D. Afonso V viria a ser confirmado e designado o Concelho de Almendra e Castelo Melhor. Após as primeiras reformas administrativas do liberalismo, foram-lhe ainda anexadas as freguesias de Algodres e Vilar de Amargo. Foi sede de concelho até 1855 que após nova reestruturação, teria sido extinto e integrado no Concelho de Vila Nova de Foz-Côa onde permanece até aos dias de hoje.


Monumentos e Edifícios


Casa de Almendra ou dos Viscondes do Banho
 


 A Casa de Almendra é dos edifícios mais conhecidos e imponentes da localidade. De estilo predominantemente barroco, visível na sua varanda e frontão central, apesar de alguns vestígios de rocaille nas suas janelas. Mandado construir por volta de 1743, possui dois andares. O piso superior é predominantemente para habitação e o inferior destinado a armazém e consultório do Dr. Alexandre Jorge Luna Caldeira.


A brusca paragem da sua construção é visível na sua pedra de armas setecentista e capela anexada, ambas inacabadas. Actualmente encontra-se algo degradada e pertence à D. Márcia de Morais Sarmento e aos filhos de Dr. Alexandre Jorge Luna Caldeira.





Igreja Matriz




A Igreja Matriz tem, segundo a inscrição que se pode observar por cima do portal, quase 500 anos. Com algumas influências renascentistas, apresenta uma torre sineira, um portal ladeado por dois contrafortes, um óculo de pequenas dimensões ao cimo do referido portal e uma torre com contrafortes adossados aos cantos na sua parede posterior. O portal norte denota influências do mesmo período. No seu interior, a Igreja encontra-se dividida em três arcos. A Capela-mor, com uma abóbada de combado, detém um altar-mor “rocaille” com um trabalho de talha. Tem ainda mais dois altares: do lado da Epístola em invocação de Nossa Senhora da Agonia e do lado do Evangelho em invocação do Coração de Jesus.

Casa do Conde de Almendra

 

Pertença do Conde de Almendra, José Caetano Saraiva Caldeira de Miranda, que conquistou o titulo em 1906. A Casa do Conde de Almendra tem base setecentista, sofrendo algumas intervenções, a mais significativa em 1842. No edifício podem ver-se grades nas janelas do piso inferior e uma pedra de armas. Após a morte do referido Conde, a casa passou para a posse de D. Maria José Beatriz Vergueira de Miranda Meneses Cordeiro Sousa Leite e é actualmente dos seus herdeiros.



  Capela de S. Sebastião




Com uma decoração simples, esta capela encontra-se na rua do Calvário e está datada do século XVII (atendendo à inscrição que ostenta). Detentora de uma nave única, separada da Capela-mor por um arco cruzeiro.







Capela de Nossa Senhora da Misericórdia ou Nosso Senhor dos Passos


 Localizada no Largo da Amoreira, possui uma nave única e um altar-mor raro. De características neo-góticas, o altar foi doado pelo Visconde do Banho, substituindo um antigo altar renascentista, período do qual se pensa serem os traços arquitectónicos e decorativos originais da Capela, datada de 1571. Actualmente, esses traços não são tão visíveis por ter sido submetida a trabalhos de restauro que não cuidaram dos seus traços originais. No interior podemos observar um coro alto em madeira, um púlpito renascentista e uma pia de água benta em pedra.

     

  

Capela de Nossa Senhora do Socorro




Localizada perto da Igreja Matriz, esta capela terá sido construída por Gaspar Sanches de Castilho por volta de 1625. Tem como características principais uma imagem em pedra em cima de um portal renascentista.




Ruínas de Calábria ou Calábriga



Não estando ainda totalmente comprovada, é normalmente tida como certaa localização da antiga Cidade de Calábria nas imediações de Almendra. Cidade do período Visigótico e uma das mais antigas comunidades cristãs que teria sido destruída pelas invasões muçulmanas.




Praça e Pelourinho de Almendra


O Pelourinho manuelino é constituído por um fuste oitavado, encimado por um capitel no qual assenta uma pinha de tipo "gaiola" com o lanternim. O remate é feito por um coruchéu com esfera armilar.




Recentes obras modificaram o aspecto geral da Praça, apresentando-se hoje como nas imagens





FESTAS

Festa da Nossa Senhora do Campo:

 É a principal festa da Vila. Decorre anualmente no fim-de-semana seguinte à Páscoa. Durante 5 dias (sexta, sábado, domingo, segunda e terça-feira), a Vila veste-se de gala em honra de Nossa Senhora do Campo.





Festa de S. Sebastião: 20 de Janeiro

Natal:  É também tradição em Almendra acender-se uma enorme fogueira em noite de consoada no Largo da Amoreira.



Fonte: Almendra
Imagens de Luís Branquinho Pinto e Adriano Ferreira

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