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10 junho 2011

Azeite - Fileira «é fundamental para a mudança» do país

«O Azeite é um dos sectores de futuro do país» e «é fundamental para manter milhares de postos de trabalho». Estes foram apenas alguns dos alertas deixados a 7 de Junho, em Santarém, num seminário intitulado «Valorização dos Sub-Produtos da Fileira do Azeite».
Um encontro no âmbito da 48ª edição da Feira Nacional da Agricultura, que decorre até 12 de Junho no Centro Nacional de Exposições (CNEMA).


O evento, organizado pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e pelo Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG), discutiu os problemas e soluções para um sector considerado por todos os oradores do seminário como «estratégico» para «impulsionar a economia nacional».

Coube a João Machado, presidente da CAP, abrir o colóquio «Valorização dos Sub-Produtos da Fileira do Azeite», considerando que «é muito importante que as pessoas tenham a noção que o país, no actual estado económico, vai ter de produzir mais e a um ritmo muito acelerado».

O responsável salientou que «o sector do azeite em Portugal é dos mais importantes» e «deve ser valorizado cada vez mais. Em 2010, a evolução da fileira foi bastante positiva», sublinhou, vincando que o sector «é uma cultura de futuro no país» adequado a um clima muito propício.

João Machado lembrou, por isso, a uma plateia repleta de agentes agrícolas, que o sector do azeite «é fulcral não só na área alimentar, mas também como um mercado natural de exportação, que pode ser ainda mais explorado».

«Exportarmos mais e tornarmo-nos mais auto-suficientes é essencial porque temos necessariamente de produzir bens que compensem as importações», alertou João Machado.

Por fim, João Machado deixou uma mensagem de esperança, dizendo que «a agricultura é um dos sectores que pode dar um grande contributo para a mudança do país».

Por seu turno, António Branco, presidente da Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro (AOTAD), que conta com 17 mil associados, juntando 88 cooperativas e lagares da região transmontana, realçou que a fileira do azeite «é competitiva», lembrando que «é pela parte positiva que o sector tem de puxar».

O dirigente da AOTAD afirmou que «é fundamental estar ao lado dos produtores e defender o olival nas suas mais diversas variedades ao nível do território», recordando que os lagares actualmente são «autênticas indústrias» que devem ser apoiadas.

António Branco fez questão de lembrar que a AOTAD domina uma fileira numa região com 37 mil olivicultores, proprietários de 80 mil hectares de olival e que produzem uma média anual de 90 milhões de quilos de azeitona. «Um exemplo de como é possível dinamizar e inovar no sector», vincou.


«A qualidade dos azeites transmontanos tem sido premiada a nível internacional e, isso tem sido fruto do nosso trabalho de divulgação, além do apoio ao agricultor na inovação e modernização», disse, lembrando também a importância do centro tecnológico do azeite da região transmontana, e que contabiliza três dezenas de azeites de Denominação de Origem Protegida (DOP).


Por fim, António Branco deixou três desígnios fundamentais para o sector do azeite: «implementar rapidamente uma estratégia nacional para esta fileira, gerir de forma correcta os recursos naturais e criar emprego». 


Fonte: CaféPortugal, 8 de Junho de 2011

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