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04 fevereiro 2011

Linha do Douro (Pocinho-Barca d´Alva)...que Futuro?



Entre as Estações


Extensão
           

              Inauguração
Ermesinde – Penafiel
30,311 km
                       29 de Julho de 1875
Penafiel – Caíde
07,328 km
                       20 de Dezembro de 1875
Caíde – Juncal
18,818 km
                       15 de Setembro de 1878
Juncal – Peso da Régua
38,371 km
                       15 de Julho de 1879
Peso da Régua – Ferrão
15,813 km
                        4 de Abril de 1880
Ferrão – Pinhão
07,611 km
                        1 de Junho de 1880
Pinhão – Tua
12,993 km
                        1 de Setembro de 1883
Tua – Pocinho
31,678 km
                        10 de Janeiro de 1887
Pocinho – Côa
09,061 km
                         5 de Maio de 1887
Côa – Barca D’Alva (fronteira)
18,882 km
                        9 de Dezembro de 1887




























A Linha do Douro é uma linha de caminho-de-ferro em Portugal, de bitola ibérica (1,67 m), que liga Ermesinde a Barca d’Alva, numa extensão de cerca 200 quilómetros. A linha, em grande parte do seu percurso acompanha as margens do rio Douro, contendo, a maior extensão de via-férrea ladeada de água de Portugal.
As obras da Linha do Douro propriamente dita iniciaram-se a 8 de Julho de 1873, seguindo de Ermesinde para Este através do extenso e plano Vale do Sousa, até Penafiel. Em 1875, foi inaugurado o troço entre Ermesinde a Penafiel, ficando a Linha do Douro a contar com aproximadamente 39 km.
De seguida a Linha do Douro atravessa o Rio Tâmega, e chega ao Marco de Canaveses. Após esta localidade a Linha entra em mais um grande túnel, o Túnel do Juncal, o maior da Linha do Douro com mais de 1,6 km. Após este a linha passa pelo mais alto viaduto ferroviário português (o Viaduto da Pala) e vislumbra-se pela primeira vez o rio Douro; é a partir desta localidade que a linha nunca mais se separa do Rio Douro.
Em 15 de Julho de 1879 a Linha do Douro chega à Régua e em 1 de Junho de 1880 à importante vila do Pinhão.
Em 23 de Julho de 1883, por pressão dos empresários portuenses, mais propriamente da banca portuense, é aprovada por Decreto-Lei o prolongamento da Linha do Douro até a fronteira luso-espanhola, na freguesia de Barca d’Alva. Ao mesmo tempo começou a reunião de fundos para a construção do lado espanhol, desde Barca d’Alva a La Fregeneda, localidade onde a linha alcançaria as planícies de Leão.
O troço Pinhão – Tua foi inaugurado a 1 de Setembro de 1883, seguindo-se Tua-Pocinho em 10 de Janeiro de 1887, contando este troço com uma importante ponte metálica na localidade da Ferradosa (Vale da Figueira) através da qual a Linha do Douro atravessaria o rio para a sua margem esquerda. Esta ponte foi entretanto dinamitada, tendo sido construída outra a montante, aquando das obras para construir a Barragem da Valeira.
Em 9 de Dezembro de 1887 é inaugurado o troço Pocinho – Barca d’Alva, ficando a linha terminada. No mesmo dia é inaugurada a Linha Internacional de Barca d’Alva a La Fregeneda e Salamanca permitindo a ligação da Linha do Douro à rede ferroviária espanhola e ao resto da Europa.


Encerramento

Em 1985 as autoridades espanholas decidiram encerrar o troço internacional compreendido entre as estações La Fuente de San Esteban - Boadilla e Barca d’Alva, alegando falta de rentabilidade, acabando a ligação internacional.
Em 1988 foi feito o mesmo do lado português, que também alegava falta de rentabilidade, tendo sido suspensos os serviços no troço Pocinho - Barca d’Alva. A Linha do Douro passa a ser utilizada apenas entre Ermesinde e a estação do Pocinho, sendo a exploração do restante troço até Barca d’Alva abandonada.
A Linha do Douro foi a via mais directa de ligação do Porto à Europa.


Obras de Arte

 Túneis








No seu percurso a linha tem 23 túneis:

  • Caíde
  • Gaviarra
  • Campanainha
  • Juncal
  • Riboura
  • Loureiro
  • Má Passada
  • Salgueiral
  • Peso da Régua
  • Três Curvas
  • Pedra Caldeira
  • Rapa Velha
  • Valeira
  • Vargelas
  • Arnozelo I
  • Arnozelo II
  • Arnozelo III
  • Fontainhas
  • Meão
  • Saião
  • Veiga
  • Castelo Melhor
  • Almendra
 Pontes







Ao longo da linha existem 35 pontes:



  • Sete Arcos (Alfena)
  • Ferreira (Valongo)
  • Fervença
  • Sousa
  • Vila Meã (Amarante)
  • Póvoa
  • Tâmega
  • Juncal
  • Cocheca
  • Quebradas
  • Pala (viaduto)
  • Ovil (viaduto)
  • Portuzuelo
  • Laranjal
  • Zêzere
  • Teixeira
  • Sermenha
  • Corgo
  • Pinhão (Alijó)
  • Roncão
  • Loureiro
  • Tua
  • Riba Longa
  • Ferradosa
  • Vargelas
  • Arnozelo
  • Teja (viaduto)
  • Murça
  • Gonçalo Joanes
  • Vale do Nedo
  • Pocinho
  • Canivais
  • Côa
  • Aguiar
  • Gricha

Turismo

Esta é das linhas ferroviárias mais bonitas de Portugal. Dentro da beleza da paisagem natural atravessada por esta linha, destaca-se o Douro Vinhateiro e  O Parque Arqueológico do Vale do Côa, classificados pela Unesco como Patrimónios Mundiais da Humanidade, ficando a apenas 9 km em linha recta da estação terminal da linha.




A Linha do Douro viria a ser encerrada, entre o Pocinho e Barca d'Alva a 18 de Outubro de 1988, deixando a estação do Pocinho, subitamente, como a estação de onde nenhum comboio chega mais além. Continua a ser hoje em dia a estação terminal da Linha do Douro.
Antes da construção da barragem a travessia era feita através de uma ponte rodo-ferroviária, que se encontra actualmente encerrada para ambos os tipos de tráfego sobre o rio Douro.

Actualidade
É vontade das autarquias do Rio Douro, que se reabra a linha até Barca d'Alva, para o que contam com igual vontade de reabertura do lado espanhol, entre Barca d'Alva e Boadilla, onde a via entronca na linha Vilar Formoso - Salamanca, para a reabertura das ligações internacionais do Porto a esta última cidade.
Em Agosto de 2009, foi anunciado, pela então Secretária de Estado e dos Transportes, Eng.ª Ana Paulo Vitorino, a intenção de reabrir o tráfego internacional desta linha, estando, naquela altura, previstos para breve o inicio dos trabalhos para recuperação do troço entre o Pocinho e Barca d’Alva, com o objectivo de o reabrir ao tráfego.
Apesar das promessas, o troço ferroviário entre Pocinho e Barca d´Alva continua ao abandono, e é com tristeza que os habitantes e naturais desta zona do país se deparam com estas imagens.







                                                                               

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